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A chegada aos portões da Fortaleza



O Juramento de um Rhaium


Entre vórtice que se abria em Vnol-lil-en e o portão de entrada de Nolor-Nill havia uma estreita ponte de madeira, ao longe Lili-Uen avistou  o reflexo prateado de um de seus irmãos que guardava a entrada da fortaleza, um Nild-Rhaium, a classe de Rhaium mais imbatível e obstinada que Elior-Uel havia criado.
- Pela grande promessa! – disse Lili-Uen ao aproximar-se de portão
- Identifique-se!- bradou a voz da sentinela
-Lady Guardiã 29º capitulo, em visita de inspeção!
Lili-Uen e comitiva de seis encapuzados caminharam em direção à sentinela, ela tomou a dianteira, olhou para os olhos frios de Osen-En num rosto emoldurado por cabelos brancos:
- Irmão, por que você não respondeu a minha saudação! – falou ela  de modo que sua comitiva não ouvisse.
- Pelo visto irmã, os Nild-Rhaium não se acostumaram com os rituais desse mundo com a mesma facilidade que vocês Dir-Ired!
- Pela misericórdia da grande promessa estamos vivos!
- É fácil falar de misericórdia, quando não é você que vive em Nolor-Nil!
- Abra o portão irmão!
Osen-En sorriu com o canto da boca.
- Eu fico pensando, porque você entraria com três Iriden na fortaleza?
- No Silun-Anved há alguma proibição para isto?
- Me diz você, afinal você é a Lady Guardiã do 29ª capitulo!
O portão de Nolor-nil foi aberto, Lili-Uen fez um sinal para sua comitiva seguirem-na, o interior da fortaleza parecia mil vezes maior do que aparentava por fora, as Iriden ficaram maravilhadas com a beleza arquitetônica, arabescos cuidadosamente esculpidos, inscrições nos rodapés das paredes na língua dos En-Loders, os ladrilhos que calçavam o chão formavam o desenho de mandalas nunca visto por elas antes.
Lili-Uen olhava tudo aquilo com olhar pesaroso, ela sabia que um dia havia se iludido com a beleza daquele lugar.
- Em frente! – falou ela caminhando à direção de um corredor.
O corredor dava acesso a uma enorme sala de aproximadamente cem metros cúbicos, no centro havia uma enorme redoma de vidro que ocupava mais da metade da sala.
- Vocês devem ficar aqui! Eu entrarei primeiro! – disse Lili-Uen
Ela pegou a chave que pendia do seu pescoço entre as mãos, balbuciou algumas palavras caminhou na direção da redoma e atravessou o vidro, como  num abrir e fechar de olhos atravessou novamente saindo da redoma.
- O que houve de errado?
- Não há nada de errado Sibila, dentro dessa redoma de vidro o tempo não funciona como para nós aqui fora, para mim passaram-se mais de dois ciclos tempo, enquanto para vocês poucos instantes.
- E então, teremos ajuda ou não?

- Divalet deseja conhece-las, mas antes que atravessemos o vidro, devo adverti-las que todo cuidado é pouco, os seres aprisionados são perigosos.